AUTOMECANICA DO ALVITO,LDA - Oficina de Mecanica, Pintura e bate-Chapa de Automóveis no Alvito e Lisboa

Reparação de Motores Automóvel Lisboa

O impacto ambientalista e as mudanças nos sistemas de propulsão


A primeira grande mudança respeita à introdução de veículos ecológicos ou que sejam menos poluentes, o que tem um impacto directo nos motores. Podem distinguir-se os seguintes sistemas de propulsão:

Motores de combustão interna convencionais utilizando combustíveis fósseis. O potencial de melhoria destes motores é elevado, havendo quem avance com valores da ordem dos 80%;

Motores de combustão interna convencionais mas utilizando combustíveis alternativos em substituição da gasolina ou de combustível para motores a diesel. Estes incluem combustíveis líquidos (como o etanol e o biodiesel) e gasosos (como o GPL, GNC e o biogás). Podem exigir modificação dos motores de combustão. Estes motores permitem reduzir a emissões de CO2 e de outros poluentes, mas não deixam de criar problemas, como seja o desvio de terras aráveis para a produção de biocombustíveis, com impactos na segurança alimentar e nos preços agrícolas;

Veículos com motorização híbrida (motores eléctricos associados a motores de combustão interna), o que permite estender a autonomia relativamente ao carro eléctrico. Mas não parecem conduzir a substanciais poupanças de combustível embora possam ter algum impacto na redução de emissões poluentes. Estes veículos têm, no entanto, preços elevados ainda que parcialmente subsidiados por via de impostos;

Motores eléctricos, os quais usam baterias carregadas a electricidade. A quota de mercado destes veículos poderá variar entre 11% a 30% em 2030 (5% a 20% para motores híbridos), segundo estudos efectuados. Prevê-se que estes veículos sejam mais usados nos meios urbanos, dada a ainda limitada autonomia das baterias, a previsível melhor infra-estrutura de carregamento das baterias e a sua velocidade limitada. Existem vários problemas e condicionantes à introdução em massa de veículos eléctricos num horizonte relativamente próximo, desde logo o preço dos veículos. É preciso garantir que estes veículos sejam de facto ecológicos o que depende do modo de produção de energia eléctrica, isto é se utilizam ou não combustíveis fósseis, tanto mais que a electrificação do transporte conduzirá a um aumento na procura de electricidade. O impacto ambiental precisa pois de ser avaliado. A utilização intensiva de baterias coloca (para além da questão da autonomia destas, que no momento presente é limitada), também problemas ambientais, relacionados com a reciclagem e o transporte. E há ainda implicações em termos de acesso a matérias-primas, incluindo algumas consideradas estratégicas, como é
o caso do lítio;

Motores eléctricos utilizando células de combustível de hidrogénio. Estes motores produzem a electricidade a bordo do veículo a partir do hidrogénio utilizando células de combustível. O carro eléctrico constitui a principal opção, ainda que não seja, no momento presente, a estratégia de todas as marcas. Constitui uma aposta da Renault-Nissan mas o mesmo já não se passa, por exemplo, com a Toyota, que continua a apostar em carros com motores híbridos. Na UE, a viatura eléctrica surge como a principal opção da estratégia para veículos não poluentes. O mesmo aconteceu em Portugal com a adopção do Programa para a Mobilidade Eléctrica em Portugal, lançado em Fevereiro de 2009 (Resolução do Conselho de Ministros nº 20/2009 de 20 de Fevereiro) e do regime jurídico da mobilidade eléctrica (Decreto-Lei nº 39/2010 de 26 de Abril). As intenções deste regime são, nos seus próprios termos: incentivar a aquisição de viaturas eléctricas; criar uma rede de carregamento de baterias; consagrar um regime de universalidade e equidade no acesso aos serviços de mobilidade eléctrica.